segunda-feira, 30 de junho de 2014

Culpa

Carne deflagradora, corrompe-me os pensamentos, faz da mente morada das minhas inquietudes viscerais. Cúmplice dos sentidos insensatos e desejos indômitos, o corpo não dá tino de si.

Revela a inegável culpa que arrebata de vez a paz inerente ao âmago. Assumi forma na superficialidade mais aparente, não há capa que possa conter. Palavras vazias emergem do oco cerne, denuncia a condição miserável do ser. Sentimento que não eleva, escraviza, quando insiste em coexistir com tudo aqui, em mim.

É domá-lo e libertar-me o que eu preciso. Dar espaço para o que é Teu. Viver o que é verdadeiro, o que é eterno. Conhecer-Te profundamente e intimamente. Expandir as fronteiras das nuances teológicas. E volver de vez para Ti.