quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Ser ou não ser?

Tentei achar palavras,
ou eram mais justificativas?
Parecia certo tentar explicar.

Era para ser entendido,
consentido,
sem mais nada acrescentar.

Decidi ser.
Não procuro
nome para dar.

Nomear certas coisas
é mania do humano
de rotular.

“Eu sou ...”
eu começo,
não tenho como terminar.

A certeza que termina a frase,
é a insegurança
do poder mudar.

Se há liberdade
para o conjugar,
porque defini-lo em um só tempo?

Fui, sou, serei,
passado, presente, futuro.
Mutação.

Muda tempo,
estado de espírito,
mente, emoção.

É maturidade,
aprendizado,
opção.

Ser, é um processo.
Metamorfose
que não cessa.

É a certeza da mudança,
e a incerteza
da exatidão.

Se há de definir, que seja
para avaliar.
O que não agrega, muda.

Defina ser.
Sem ser definido.
Primeiro passo para a libertação.

Ludmila Braz